2. Desde o princípio do meu ministério como Sucessor de
Pedro, lembrei a necessidade de redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar,
com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com
Cristo. Durante a homilia da Santa Missa no início do pontificado, disse: «A Igreja
no seu conjunto, e os Pastores nela, como Cristo devem pôr-se a caminho para
conduzir os homens fora do deserto, para lugares da vida, da amizade com o
Filho de Deus, para Aquele que dá a vida, a vida em plenitude» (Homilia no
início do ministério petrino do Bispo de Roma, (24 de Abril de 2005): AAS 97
(2005), 710). Sucede não poucas vezes que os cristãos sintam maior preocupação
com as consequências sociais, culturais e políticas da fé do que com a própria
fé, considerando esta como um pressuposto óbvio da sua vida diária. Ora um tal
pressuposto não só deixou de existir, mas frequentemente acaba até negado (Cf.
Bento XVI, Homilia da Santa Missa no Terreiro do Paço (Lisboa – 11 de Maio de
2010): L’Osservatore Romano (ed. port. de 15/V/2010), 3.). Enquanto, no
passado, era possível reconhecer um tecido cultural unitário, amplamente
compartilhado no seu apelo aos conteúdos da fé e aos valores por ela
inspirados, hoje parece que já não é assim em grandes sectores da sociedade
devido a uma profunda crise de fé que atingiu muitas pessoas.
3. Não podemos aceitar que o sal se torne insípido e a luz
fique escondida (cf. Mt 5, 13-16). Também o homem contemporâneo pode sentir de
novo a necessidade de ir como a samaritana ao poço, para ouvir Jesus que
convida a crer n’Ele e a beber na sua fonte, donde jorra água viva (cf. Jo 4,
14). Devemos readquirir o gosto de nos alimentarmos da Palavra de Deus,
transmitida fielmente pela Igreja, e do Pão da vida, oferecidos como sustento
de quantos são seus discípulos (cf. Jo 6, 51). De facto, em nossos dias ressoa
ainda, com a mesma força, este ensinamento de Jesus: «Trabalhai, não pelo
alimento que desaparece, mas pelo alimento que perdura e dá a vida eterna» (Jo
6, 27). E a questão, então posta por aqueles que O escutavam, é a mesma que
colocamos nós também hoje: «Que havemos nós de fazer para realizar as obras de
Deus?» (Jo 6, 28). Conhecemos a resposta de Jesus: «A obra de Deus é esta: crer
n’Aquele que Ele enviou» (Jo 6, 29). Por isso, crer em Jesus Cristo é o caminho
para se poder chegar definitivamente à salvação .
Fonte: www.cancaonova.com
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