Buscar uma vida de santidade, fazendo escolhas por aquilo
que realmente dá sentido a nossa existência, não cedendo as tentações e
impulsos das soluções mais fáceis, pede de nós, sangue, suor e lágrimas. É uma
constante vigília pela construção daquilo que queremos no mais intimo. Ser
feliz dá trabalho, porém compensa todo esforço! Ser santo é ser feliz!
Contudo, deram um sentido pejorativo a expressão “Ser
santo”. Fizeram parecer uma vivência de tristeza que elimina da pessoa a
possibilidade de viver com intensidade. Quando alguém afirma “não sou santo”,
geralmente está querendo significar: “não sou escrupuloso e me dou o direito de
investir em minha alegria”.
Só que nessa dinâmica o indivíduo já incutiu, mesmo que
inconscientemente, que ele deve ser politicamente correto – o que muitas vezes
o leva a compartilhar das ideias da multidão, independente se é correto, ético,
moral, ou o melhor para o ser humano; e que para ser feliz, ele terá que, caso
for preciso, prejudicar quem estiver no meio do seu caminho, e que os prazeres
devem ser desfrutados a todo custo, mesmo que após venha a ser prejudicial ao
indivíduo.
Então, na sociedade de hoje, as pessoas, dizem comumente
“não sou nenhum santo” excluindo de sua vida o desejo de investirem
verdadeiramente na felicidade que Deus nos destinou. O resultado são pessoas
condicionadas mais pelos impulsos que pela inteligência, ideologias que
espalham um falso moralismo e o esvaziamento das dimensões mais intimas e
profundas da pessoa. Basta prestarmos bem a atenção se, onde e no que a grande
massa diz encontrar prazeres, existem pessoas realmente felizes?
Se dinheiro trouxesse felicidade não haveria entre os
abastados materialmente, pessoas destituídas de sentido. Se o sexo, enquanto
ato e enquanto pseudo ‘escolha de gênero’ fosse “tudo”, não haveria gente
infeliz entre os chamados ‘profissionais do sexo’.
Se o uso de drogas, tanto as lícitas, quanto as que estão
defendendo que sejam liberadas, quanto as não lícitas, resolvessem os problemas
de alguém, essa pessoa não precisaria buscar novamente o alívio e recorrer
outra vez ao entorpecente, assim correndo o risco, de no mínimo, investir
contra sua integridade física.
Porém, quando estudamos a biografia de um Santo, o que
podemos perceber? Felicidade! Alegria e sentido existencial.
Isso quer dizer que os santos não sofreram? Claro, que não!
Os santos sofreram, lutaram, se decepcionaram, tiveram grandes desafios em suas
vidas, como todo ser humano, igual a mim e a você, mas encontraram um motivo
maior e mais nobre que justificava todo o esforço e significado em cada uma de
suas labutas. Sabiam para onde caminhar, "porque" e "para
que" continuar caminhando e isso preenchia seus corações e suas almas. Não
há uma história de vida de santo(a) que mostre ele(a) infeliz ou sem rumo.
O amor é a maior força dentro do ser humano, até mais que a
vida e a liberdade. Quando não usamos nossa vida e nossa liberdade para amar a
vida perde seu significado. A vida e a liberdade voltada para si mesmo, nos
deixará enfadados, porque a felicidade só acontece quando amamos e o amor se
faz pelo serviço. Só ama plenamente quem faz algo pelo bem do próximo. Quem não
serve o outro com o que tem de melhor, com seus dons, não cresce como pessoa,
daí sente-se infeliz.
Santidade é agir pelo amor. Os santos foram os homens e as
mulheres do amor. Por isso, a santidade nos dá as ferramentas para viver a vida
intensamente.
Mesmo após tomar a decisão por querer ser santo, é claro que
algumas tendências ainda continuarão presentes em nós. Um santo não se faz de
perfeição, mas de luta para amar sempre e da misericórdia do Senhor. O
importante é a cada dia descobrir como podemos transferir esforços dos nossos
anseios, desejos e potencialidades, ao invés de usá-los para o pecado,
investi-los no amor. Sempre será uma luta dos nossos instintos contra nossa
razão. Contudo, somos seres racionais que com a ajuda do Espirito Santo e
auxílio da Virgem Maria, podemos fazer escolhas.
Em toda situação podemos dizer: “Eu quero ser santo!”
Fonte: www.cancaonova.com
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