A Igreja Católica entrou neste domingo, 10, na quarta semana
da Quaresma. Esse período litúrgico que começa na Quarta-feira de Cinzas é um
tempo em que os católicos são convidados a intensificar a vida de oração, de
penitência e de exercício de caridade; além disso, também é caracterizado pelo
recolhimento e a busca intensa pela conversão.
A palavra “quaresma” tem sua raiz no latim. Surgiu a partir da frase “Quadragésima die Christus pro nobis tradétur”, que se traduz: “Daqui a quarenta dias (no quadragésimo dia) Cristo será entregue por nós”. Quaresma é abreviação de quadragésima. Na frase latina em questão, quadragésima está no feminino porque, em latim, dia, além de masculino, é também feminino. A língua portuguesa manteve a palavra no feminino, resultando em “quaresma”.
A palavra “quaresma” tem sua raiz no latim. Surgiu a partir da frase “Quadragésima die Christus pro nobis tradétur”, que se traduz: “Daqui a quarenta dias (no quadragésimo dia) Cristo será entregue por nós”. Quaresma é abreviação de quadragésima. Na frase latina em questão, quadragésima está no feminino porque, em latim, dia, além de masculino, é também feminino. A língua portuguesa manteve a palavra no feminino, resultando em “quaresma”.
São quarenta dias em que a Igreja se prepara para celebração
da Páscoa, principal celebração do Cristianismo. O número “40” é simbólico, no
sentido de recordar os momentos importantes narrados pela Bíblia que foram
antecedidos por quarenta dias, meses ou até anos.
De acordo com padre Roger Araújo, sacerdote da Comunidade
Canção Nova, o sentido dos quarenta dias está ligado a essa simbologia bíblica:
quarenta dias de dilúvio, tidos como preparação para uma nova humanidade; (cf.
Gn 7, 17ss); quarenta dias em que o povo hebreu caminhou no deserto, rumo à
terra prometida (cf. 8, 2.4); o profeta Elias que caminhou quarenta dias para
chegar à montanha de Deus (cf. IRs 19,8); quarenta dias que Jesus passou no
deserto (cf. Lc 4, 1-13), dentre como outros episódios.
Neste período que se encerra na quarta-feira da Semana
Santa, os fiéis são convidados a fazer um confronto especial entre suas vidas e
a mensagem cristã expressa nos Evangelhos. Este confronto deve levar o cristão
a aprofundar sua compreensão da Palavra de Deus e a intensificar a prática dos
princípios essenciais de sua fé.
O tempo litúrgico quaresmal surgiu por volta do ano 350
d.C.. A Igreja decidiu aumentar o tempo de preparação para a Páscoa, que era de
três dias, chamado de Tríduo Sagrado da Semana Santa: Quinta-feira Santa,
Sexta-feira Santa e Sábado Santo. A preparação para a Páscoa passou, então, a
ter quarenta dias. Isto aconteceu porque os cristãos perceberam que três dias
eram insuficientes para que se pudesse preparar adequadamente para a festa da
Ressurreição que, segundo a Igreja, é de suma importância.
Padre Roger Araújo afirma que este tempo deve ser vivido
pelos católicos segundo as orientações da Igreja, ou seja, com recolhimento,
oração e silêncio. “Não é um tempo para baladas, festas e grande eventos. É um
tempo de nos penitenciarmos daquilo que é o comum, ou seja, as músicas que
ouvimos, os lugares que costumamos ir, para que isso favoreça mais o
recolhimento interior. Não é que seja pecado; é uma escolha, um
condicionamento, é um treinamento que fazemos para o espírito, neste tempo de
graça que o Senhor nos dá, que é o tempo da Quaresma”.
O sacerdote também ressalta que, tratando-se de um tempo
forte de conversão, algumas pessoas podem ficar apegadas às práticas
penitenciais apenas neste tempo. No entanto, padre Roger explica: “Não são as
práticas que nos convertem e nem são elas os sinais da nossa conversão. A
conversão é mudança de atitude, de mentalidade. A expressão utilizada pela Igreja
para melhor caracterizar a conversão é a palavra grega “metanoein” (metanóia),
que quer dizer mudança de mentalidade, de pensamento. É preciso mudar alguns
conceitos dentro de nós.”
A penitência, segundo o padre, ajuda o cristão a se
desprender de algumas coisas que estão arraigadas dentro de si, tornando-o mais
humildes e disposto a buscar no Cristo crucificado, o sentido para a vida. “A
penitência é um remédio que nos ajuda a vivermos melhor as disposições que Deus
nos chama neste tempo.”
Como direção para esse período quaresmal, padre Roger
reforça a orientação da Igreja: viver as três práticas indicadas – o jejum, a
esmola e a oração.
O jejum – explica o padre – como sinal de liberdade, de não
querer mais estar preso a nada; a esmola, não no sentido de dar algo pessoal
aos outros, mas “dar-me para o outro, reconciliar-me com o outro” e a oração
que é o fermento na vida do cristão. “A oração é nosso relacionamento com Deus.
Nesse tempo somos chamados a capricharmos um pouco mais na nossa vida de oração.”
Em 2013, a proposta da Igreja para a Quaresma é uma dedicação maior aos jovens. O seguimento juvenil é o público alvo mais expressivo para evangelização da Igreja neste ano. A Campanha da Fraternidade, que permeia o período quaresmal, reflete o tema “Juventude e Fraternidade”. O objetivo geral da Campanha é acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo.
Em 2013, a proposta da Igreja para a Quaresma é uma dedicação maior aos jovens. O seguimento juvenil é o público alvo mais expressivo para evangelização da Igreja neste ano. A Campanha da Fraternidade, que permeia o período quaresmal, reflete o tema “Juventude e Fraternidade”. O objetivo geral da Campanha é acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo.
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